Sustentabilidade: Sema enfatiza a adoção de boas práticas por meio da política dos 5 R’s

Os diversos problemas ambientais gerados pelos modos de produção e consumo da sociedade fazem com que haja a necessidade de uma mudança comportamental da população, assim como em entidades públicas e privadas. Nesse sentido, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) desenvolve projetos de educação ambiental e explica as políticas para a conservação do meio ambiente, fundamentadas na política dos 5 R's: Repensar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recusar.

O órgão ambiental desenvolve suas ações na questão da sustentabilidade conforme as definições legais dos 5 R's instituídos na Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, nº 12.305/2010. De acordo com o analista ambiental da Sema e coordenador da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) no âmbito municipal, Cleverton Costa , os 5 R's fazem parte de um processo educativo que funcionam como princípios da política de resíduos e orientam as atitudes das pessoas, diante da problemática que envolve essa política. “A lei dispõe a respeito dos seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis”, explica o coordenador.

A política dos 5 R's prioriza a redução do consumo e o reaproveitamento de materiais em relação à sua reciclagem. O Repensar e Recusar estão ligados às atitudes de cada indivíduo, envolvendo o processo de autocrítica pessoal para analisar a real necessidade de gerar resíduos. No Repensar, o indivíduo reflete quanto à real necessidade de comprar tal produto, além de avaliar, principalmente, quais os danos que esse material causa ao meio ambiente ou à saúde. Já o Recusar, por sua vez, envolve a prática do não consumo de mercadorias de empresas que não tenham compromisso com o meio ambiente.

Os demais como Reduzir, Reutilizar e Reciclar são condutas que o indivíduo se submete diante de um produto que já exista. Reduzir implica na responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, às vezes, o barato pode sair caro, por isso é importante avaliar a qualidade e durabilidade desse artefato para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

Segundo Cleverton Costa, Reutilizar e Reciclar, apesar de parecerem comuns, possuem divergências. “A reutilização é o reaproveitamento da matéria que não precisa passar por um processo de transformação da matéria-prima novamente, por exemplo, aqui na Sema servidores pegam a caixa de teclado e reaproveitam como porta documentos, os jornais viram objetos decorativos, então, ao invés de gerar lixo, o resíduo é utilizado para outra necessidade. E a reciclagem já envolve uma transformação física ou química dos resíduos, que serão transformados em outros produtos, como uma casca de fruta, ela vai passar por um processo físico-químico e vai se converter em húmus, matéria orgânica depositada no solo, para poder nutrir jardins, hortas, etc.”, afirma o analista ambiental. 

A educação ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, são processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Medidas de sustentabilidade podem ser adotadas não apenas por pessoas físicas, mas principalmente por setores privados ou públicos, pois, além de visar à conservação do meio ambiente, isso envolve a sensibilização ambiental e proporciona a redução de gastos financeiros. “A responsabilidade é difusa, todo problema ambiental, inclusive dos resíduos sólidos, é coletiva. Todo poder público ou privado precisa tomar medidas, gerenciar os próprios resíduos e pregar as atitudes corretas, convencendo as pessoas de que elas também precisam ter preocupação com essas questões. E o benefício principal que se tem em adotar a política dos 5 R´s, é de cunho econômico da racionalidade no uso dos recursos naturais, o combate aos desperdícios, no que resulta em menos despesas à empresa e o bem para o meio ambiente” conclui o analista ambiental da Sema, Cleverton Costa.